quarta-feira, 26 de junho de 2013

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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Mais sobre fala de crianças

E como desenvolvimento infantil é um tema que sempre me interessa...  Desenvolvimento da fala é algo que merece muito minha atenção, e acredito que muita gente tem, no mínimo, curiosidade em saber o que acontece em uma sessão de fonoaudiologia, por exemplo.

Eu já participei de algumas sessões, não como paciente, mas acompanhando o paciente, no caso, meu filho. Normalmente os profissionais não gostam que a criança entre acompanhada, mas em alguns momentos isso foi necessário e eles "toleraram", deixando bem claro que eram exceções.

Praticamente depois de todas as sessões, entretanto, eu tive minhas próprias micro-sessões particulares. Nelas, as profissionais (por acaso todos profissionais que atenderam meu filho eram mulheres, mas tenho certeza que existem homens na profissão, também) falavam como tinha sido a sessão, o que eu tinha que fazer em casa e, em alguns casos, me davam puxões de orelhas por não fazer os exercícios nos outros dias.

Sim, o tratamento fonoaudiológico continua em casa. Aliás, a grande maioria dele é feita em casa. As sessões servem basicamente para familiarizar o paciente com o exercício e acompanhar os progressos - resultado dos exercícios martelados em casa - além de observar as principais dificuldades.

E continuar em casa é o grande desafio, eu diria. É muito difícil vencer a manha do filho e conseguir que ele faça, com regularidade e aplicação, os exercícios em casa. E é mais difícil ainda vencer a sua própria acomodação com a situação, que na maioria das vezes é inconsciente.

Não é que você não quer que seu filho aprenda a falar direito. Mas é que você já aprendeu a entendê-lo, como se fosse um outro idioma, e já não sente mais aquele estranhamento. Eu mesma tenho que me forçar a lembrar que a maioria das pessoas ainda não entende tudo o que meu filho fala. E olha que no caso dele ainda tem muitas coisas que só o irmão mesmo para entender - o fiel, leal e querido tradutor simultâneo.

Você ouviu falar sobre o projeto do Ato Médico?

Em meio às (muitas) informações sobre as manifestações dos últimos dias, um assunto importante não está chamando muita atenção do "grande público": a aprovação, em 18 de junho, do projeto do Ato Médico.

O projeto regulamenta a atividade médica, restringindo à categoria atos como a prescrição de medicamentos e o diagnóstico de doenças. Ficou quase onze anos tramitando no Congresso, sendo tema de nada mais do que 27 audiências públicas. O caminho natural, agora, e aguardar a sanção presidencial.

O projeto, na forma aprovada em Plenário, estabelece que são exclusivas do médico as seguintes atividades: cirurgias, aplicação de anestesia geral, internações e altas, emissão de laudos de exames endoscópicos e de imagem, procedimentos diagnósticos invasivos e exames anatomopatológicos (para o diagnóstico de doenças ou para estabelecer a evolução dos tumores).


Alguns profissionais da área de saúde têm questionado a Lei, e é possível encontrar alguns protestos sobre o assunto, bem-humorados, em meio aos cartazes carregados pelos manifestantes que foram – e continuam indo _ às ruas para pedir o recuo do preço da passagem, fim da corrupção, mais verba para saúde e educação, saída do Renan Calheiros etc. e tal.

Já no Senado, segundo notícia veiculada pela própria agência do Senado, o único que achou o texto do projeto “um pouco estranho”, digamos assim, foi o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que disse não concordar com a ideia de se fixar uma lei para uma  profissão tão dinâmica como a de médico. Ele acredita que a legislação corre o risco de ficar obsoleta em pouco tempo, já que a ciência médica está sempre em evolução.

Os profissionais de saúde acham que o buraco é um pouco mais embaixo, e criticam o texto que dá margem para interpretações diferentes. Segundo eles – fonoaudiólogos e enfermeiros, por exemplo - o projeto cria instabilidade jurídica, além de validar uma suposta hegemonia dos médicos sobre outras categorias profissionais da área de saúde. E, por fim, apontam questões de ordem prática, como a coleta de material para exames clínicos, que hoje é feita normalmente por enfermeiros. Pelo texto do projeto, afirmam eles, não fica claro sobre quem deverá fazer essa coleta.

Escritores preferidos

Não é fácil dizer o nome de somente um. É até difícil de lembrar de um quando alguém pergunta de sopetão. Medo de cometer injustiças...

O que faz você adorar um livro? É a história em si, ou o jeito do autor contá-la? Não sou capaz de responder. Sei que já li livros que me fizeram ter vontade de conhecer outras obras do autor, e outros que me deixaram decepcionada com o autor... Sim, eu já comecei a ler livros (muitas vezes) com uma expectativa enorme, motivada por alguma recomendação entusiasmada, e acabei desistindo de ler simplesmente porque não gostei. Não gostei do jeito do autor escrever ou da história em si? Sei lá.

Sei que tenho autores de quem gosto independentemente de qualquer coisa - como Paul Auster, Hemingway, Philip Roth, Doris Lessing, Henry James... Tantos outros. Destes, vou ler qualquer coisa, sempre que puder e sempre que o livro cair em minhas mãos. E vou gostar todas as vezes, mesmo quando achar fraquinho. Não gostar, nunca. Vou sempre ver como um passo necessário para a próxima grande obra.

Também já li livros dos quais gostei somente porque a história era boa. Acredito que um bom escritor não está necessariamente ligado a uma boa história, mas uma boa história exige um bom escritor. Senão vira uma história ruim.

Difícil de entender? Talvez. Mas faz tanto sentido para mim...

Beijos!

Por que meu filho não fala ou fala errado?

As perguntas "Por que meu filho não fala?" e "Por que meu filho fala errado?" têm somente uma resposta: porque cada criança tem seu próprio tempo. Muitos pais já devem ter ouvido isso, e muitos devem ter continuado angustiados. Afinal, a comunicação é fundamental, e quando a criança começa a interagir por meio da conversa é incrível. Uma nova etapa do relacionamento com o filho começa. Portanto, nada mais natural do que querer que o filho comece a falar logo, de preferência de um jeito compreensível.

O problema é que esse "logo" às vezes demora. Já ouvi fonoaudiólogos falarem que, se aos quatro anos a criança ainda apresenta dificuldades de linguagem, é bom procurar um especialista. Mas eu mesma já vi crianças mais velhas que falavam, sim, bastante errado, mas com quem era perfeitamente possível conversar e que, principalmente, sabiam que falavam errado e não demonstravam o menor desconforto com isso. Sei também que quanto mais madura a criança estiver - e essa maturidade nem sempre é diretamente proporcional à idade - mais rápido e eficiente é o tratamento fonoaudiológico. Portanto, às vezes você coloca a criança cedo numa terapia porque quer resolver a questão logo, e ela acaba levando mais tempo do que você imaginava.

Eu mesma já vi meu filho ficar um ano fazendo fono sem praticamente apresentar nenhum resultado, e depois de voltar de férias de um mês, progredir a cada sessão o que a terapeuta esperava que ele tivesse progredido no ano anterior inteiro.

A grande questão é que muitos pais querem que o filho aprenda a falar direito antes de começar a ser zoado na escola... É possível que algum coleguinha tire sarro de seu filho porque ele fala errado? É possível e é provável. Se não for por isso, vai ser porque ele (ou ela) usa óculos, ou é gordinho(a)/magrinho(a). E a lista
de motivos só aumenta conforme a criança fica mais velha.

Felizmente hoje as (boas) escolas estão muito atentas a esse tipo de perseguição. Evito usar o termo bullying, porque no meu entendimento aplica-se a algo radical. E sabemos que as pequenas zoeiras muitas vezes vêm dos amigos mais próximos, que logo completam: "É brincadeira..."

De qualquer forma, coloco a seguir uma breve explicação sobre como as crianças começam a falar, feita pelo fonoaudiólogo Jaime Luiz Zorzi, autor do livro "Aquisição da linguagem infantil", da Editora Pancast (1993). O livro fala sobre o desenvolvimento e alterações da fala, além da terapia indicada, e entre outras coisas, o autor faz uma relação do ato de brincar, ou como ele chama, condutas simbólicas/representativas, com a formação das imagens mentais da criança e a aquisição da fala propriamente dita.

Vale a pena citar o autor: "(...) a certa altura do desenvolvimento da criança começamos a observar determinados comportamentos que facilmente identificamos como brincadeira. Mas é uma brincadeira diferente, porque envolve um fazer-de-conta, um brincar ou jogar simbolicamente. Nesse mesmo período, que comumente corresponde ao decurso do segundo ano de vida, observamos também as primeiras palavras ou enunciados verbais ligados ao desenvolvimento da linguagem" ((ZORZI, 1993, o. 13).

Portanto, observe seu filho brincando. Se perceber que ele ainda não faz isso, que tal fazer a proposta diretamente? Pode ser sobre uma história que ele ou ela conheçam, como a dos Três Porquinhos - "Faz de conta que eu sou o lobo mau. Quem você quer ser?" - ou uma situação que faz parte da rotina da criança - "Vamos brincar de dar banho no ursinho de pelúcia?".

Beijos!

Vai no protesto?

Você já deve ter ouvido de sua janela, na televisão ou lido no Facebook: "Vem pra rua!". Se você já foi, já tem uma ideia do que vai encontrar. Se não foi, ainda tem chance. Não é porque as tarifas dos ônibus recuaram que as manifestações vão terminar. Nesse final de semana, novos protestos estão programados. Sei que tem um na região do Morumbi, zona oeste da capital, no sábado, dia 22 de junho, às 10h da manhã. E no domingo(23 de junho), no MASP, às 9h, será a vez do pessoal que ainda não conseguiu ir porque tem filhos pequenos, ou não teve coragem de levar junto. É o Ato Brincante. Já vi notícias de que terão outros nos mesmos moldes, em outras regiões da capital. Quanto ao interior, confesso que ainda não ouvi nada... Alguém já ouviu? Cada um sabe o quanto seu filho é pequeno, e se quer ou deve levá-los em passeatas ou seja lá o que for. Vi fotos de manifestações em que mães estavam com crianças de 3, 4 anos. Como falei, cada um sabe de si. É algo para se pensar com calma, principalmente com os baderneiros infiltrados de plantão. Mas o Ato Brincante parece uma ideia bem legal. Está rolando na internet uma recomendação para que os manifestantes que não concordam com os atos violentos sentem-se no chão para que a polícia identifique mais facilmente os verdadeiros baderneiros (e você não apanhe de graça...). Boa. Só torço para que funcione, pois nas imagens que eu vi dos atos violentos, em alguns era bem fácil identificar o pessoal que estava depredando. Um deles já ficou até famoso, o estudante de arquitetura marombado Pierre Ramón (é isso mesmo?), que, dizem as línguas na internet, é filho de um empresário do setor de transporte coletivo. E ouvi dizer que esse cara já foi solto... Será que vai dar em alguma coisa? Vale a pena acompanhar essa história. Beijos!

Miscelânea para viver melhor

Sabe quando você pega uma revista sobre boa forma, saúde ou beleza, e encontra espalhadas pelas páginas uma porção de dicas legais sobre como manter a forma, emagrecer ou cuidar da saúde? Pois é, são tantas dicas que acabamos esquecendo a maioria delas quando pegamos a próxima revista. Vale a pena lembrar algumas: - Cuidado com os alimentos Diet! Estudos encontraram uma possível relação entre o consumo destes alimentos e a depressão. Parece que o perigo é para quem bebe até quatro copos de refrigerantes ou sucos diet por dia... Na dúvida, prefira os sucos não adoçados. Já evitar refrigerante, acho que todo mundo sabe, não? - Não atrase o almoço. Pois é, todo mundo sempre falou sobre não jantar tarde, porque o metabolismo fica mais lento (Perigo! Ganho de peso à vista!). Mas sobre almoço eu nunca tinha ouvido falar nada. E como eu, acho que muita gente vira e mexe almoça lá pelas duas, três da tarde... Isso quando não pula direto a refeição e/ou come bobagem. Pois é, um estudo americano acompanhou 420 pessoas durante 20 semanas, e concluiu que almoçar depois das 15h pode fazer você ganhar uns quilinhos... - Não fique muito tempo sem comer. Essa dica tem relação com a anterior. O mesmo estudo descobriu que os participantes que almoçaram antes das 15h durante as 20 semanas perderam 30% mais peso em relação ao pessoal que comia mais tarde e acabava aumentando o intervalo entre as refeições. Isso porque ficar mais de quatro horas sem comer obriga o nosso organismo a liberar mais insulina, para levar glicose às nossas células em caráter de emergência. Resultado: mais peso. Recomendação expressa: almoço, no máximo às 14h. O ideal, sempre às 13h. - Não consegue almoçar sempre no mesmo horário? Paciência, mas cuidado: nada de ficar sem comer nada até a hora em que vai (finalmente) conseguir almoçar. Faça um lanche leve (e saudável, por favor!), e quando chegar a sua hora do almoço, coma direito e com calma. Beijos!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Casa colorida

Mais um ano, mais uma edição da Casa Cor. Seguindo a tradição (quantos anos são precisos para que algo se transforme em uma tradição?), nos próximos dias devo visitá-la. Com minha filha. Não me lembro se fui sozinha na primeira vez. É possível. Não me lembro se partiu dela ou de mim a ideia de irmos juntas. O fato é que a pergunta já surgiu: "Quando vamos à Casa Cor?". Normalmente vamos em julho, quando as aulas acabam. Comecinho das férias, ainda não colocou a mochila nas costas e saiu para o mundo. O mundo da(s) avó(s), do pai, do(s) tio(s)... Para onde será esse ano? Para todos esses, com certeza, e mais um: a casa da mãe. Fato inédito, mas com uma forte razão. Um curso, desejado e conveniente curso, intensivo de férias. Ideia da mãe, mas perto da casa do pai. Lá se vai a mochila... Antes disso, porém, Casa Cor. Ganharemos espumante? Quase 17 anos, ainda não tem idade. Não legalmente. Não, não vão oferecer. É só para quem tem o cartão. Quem está junto fica olhando? Fica. Ou acho que fica. Não sei, nunca ganhei o espumante. Nem sei se é espumante o nome. Só sei que o nome do cartão nunca é o mesmo do cartão que está na minha bolsa. Como estará essa edição? Esse ano não tem Casa Hotel. Achamos bom. Não nos interessa muito hotel. Não aquele tipo de hotel, que não cabe no bolso. E se coubesse, acho que continuaria não interessando. Mas a Casa, ah, essa interessa. Sempre interessa. Sempre tem alguma coisa que interessa, mesmo quando achamos fraquinho. Torcemos para que no ano seguinte melhore. E sempre melhora. Nunca vimos duas edições fraquinhas. Não me lembro de todas. Não me lembro de quantas. Mas foram algumas. E todas ficaram na memória, de um jeito ou de outro. Reaparecem quando tenho que pintar a casa, trocar o forro da almofada ou pendurar um quadro. Aparecem cada vez mais elaboradamente, cada vez menos literalmente. A assim foram-se as cores das paredes. Ou quase. Algumas ficaram. E o inusitado aconteceu: paredes bege. Bege, logo bege. O mesmo da piada, aquela mentirosa e impublicável. Melhor: bege, não. Pérola. Com direito a um laranjinha e um vermelhinho, que ninguém é de ferro, e com uma pitadona de rosa. Ai, gosto tanto de azul ultimamente! Azul turquesa é a cor deste ano. Foi o que ouvi dizer. Sempre gostei. Será que estará na Casa Cor? Beijos!

Quando o filho não quer aprender

Eu nunca tinha pensado nisso. Não sabia que isso existia. Fez sentido quando me explicaram, mas precisei que alguém explicasse. Precisai saber que mais um monte de gente tinha passado por isso para entender que passaria. E passou. Meu filho (um dos) aprender a ler sozinho, aos 4 anos. Quando percebemos, achamos que a escola tivesse ensinado, e a escola achou que nós tínhamos ensinado. Ninguém falou nada. Foi natural. Achamos natural. Com dois anos, ele falava frase completas, com sujeito e verbo, começo, meio e fim. Trocava uma ou outra palavra, tão poucas que guardamos todas, com carinho. Todas lindas, quase um novo idioma. "Cululu", que era coruja. "Coltrona", que era poltrona. "Envolar", que era enrolar, e foi usada numa única vez, em memorável e expressa recomendação: "Para deixar o Nai bem quentinho durante a noite, 'envola' bem 'envoladinho' no cobertor". Aprendeu a escrever também aos quatro, quase cinco, letra mais bonita e caprichada que a minha (não é difícil), mesmo aos sete anos, quando eu ainda tentava e tentava. Quase três de desvantagem, com larga vantagem. Com sete anos, poderia já ter passado por isso, mas bobeamos. Hão corremos atrás, achamos que seria fácil. Detalhes da lei. Uma semana, seis meses, duas datas diferentes - escola particular e escola pública. Cada usa uma data, escolhe a que for melhor, usa a que a Secretaria manda. Até hoje não entendi direito. Descoberta a bobagem, o que fazer? Nada. Como nada? Nada, não quero ir para a escola? Não quer por quê? Um menino tão inteligente! "Não quero ser mais esperto". Nunca usou a palavra "inteligente" para fazer referência a si próprio. Não sei se sabe que ela existe (a palavra). Não sei também se conhece a palavra "burro", nunca vi usando (Se viu ou ouvi, minha memória seletiva de mãe deletou). Uma escola, duas, três, quatro... quase vinte. Qual delas? Só uma dá. Essa eu não quero¹ Pois é, nem eu. Mas é o que tem para hoje. Então não vou. Não vou, não vou, não vou... Passa um mês, dois, quase três. Tô cansado. Tô cansada. Ou vai para a escola ou vai para a escola! "Qual delas?" Qualquer uma! "Não quero nenhuma!". Então só tem uma para ir. "Todas menos essa!". Então fala qual delas? Fala! Fala! E então, uma porta de se abre. "Podemos conhecer a escola?". Mentira, já conhecia. Não quis essa escola. "Pode, claro." Começa tudo de novo: "Não quero essa escola!". Então vai ser aquela. "Não, todas menos aquela". Todas não dá. Escolhe uma. "Eu quero a...". Justamente a que eu não quis. Tá bom. Agora eu quero. Agora eu amo. A melhor escola do mundo. Beijos!

Mais seçãozinha didática - Paul Otlet

Por que essa ideia fixa com Paul Otlet? Desde o dia em que ouvi o nome pela primeira vez. Não me lembro o que ouvi exatamente, mas marcou. Não sei dizer a biografia completa, mas marcou. Incomoda que tão pouca gente conheça, saiba o mesmo pouco que eu mesma sei. Deveria saber mais. Deveriam saber mais. Então, conto mais, lembrando que a fonte é a mesma que a maioria usaria; qualquer um poderia usar, mas usaria? Eu usei, e para quem interessa r possa, aí vão algumas informações: - Paul Marie Gislain Otlet, nascido em Bruxelas (eu poderia ter morado na Bélgica) em 23 de agosto de 1868, falecido em 10 de novembro de 1944. Foi autor, empresário, visionário, advogado e ativista da paz. - Conhecido como pai da Ciência da Informação, que ele chamava de Documentação. - Criador da Classificação Decimal Universal. - Autor de diversos ensaios sobre organização do conhecimento. - Ao lado de Henri La Fontaine,criou um o Palais Mondial (World Palace), mais tarde chamado de Mundaneum, para abrigar as coleções e as atividades dos seus diversos organismos e institutos - chamada por eles de Cidade do Conhecimento. - Como ativista da paz, obteve o engajamento de ideias políticas internacionais que foram incorporados na Liga das Nações e do seu Instituto Internacional de Cooperação Intelectual (precursora da UNESCO), trabalhando juntamente com o seu colega Henri La Fontaine (que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1913). - Foi educado em casa até os 11 anos de idade, pois seu pai acreditava que o ambiente escolar o sufocaria. Tá bom? Tem mais, muito mais. Papo de nerd? Talvez... Vai ver eu sou nerd e nunca soube. Beijos!

Mais de Santiago

Ou melhor, de Machu Pichu. Ou Índia, quem sabe? México, ou simplesmente Paris. Ou quem sabe Santiago, de novo, dessa vez começando antes. Ou indo pela praia. Ou fazendo o mesmo caminho, pulando a maledeta da meseta, ou parte dela, para andar os quase cem quilômetros que eu "pulei" da primeira vez? Ou chutar o balde, andar os últimos cem quilômetros (três dias de caminhada resolvem!) e andar até Finisterre, ou até o Porto? Não conheço Portugal... Podia ir direto para Lisboa, sai mais barato; já que tô ali... Não conheço a Holanda. Nem a Bélgica. Podia ter morado na Bélgica. Podia ter morado na Bélgica. Provavelmente Ubatuba, com sorte. Sem chuva. Com FLIP. Finalmente FLIP. Finalmente? Qualquer coisa, menos casa de parente. Peraí, Ubatuba é de parente. Mas não tem parente. Faz falta parente? Faz! Férias de julho! Férias na praia, praia com chuva, praia com frio, praia sem gente. Praia sem parente. Praia com FLIP! Quem vai? Quem já foi? Quem gostaria de ir? Quem se habilita? Adoraria ter ido quanto o Lour Reed teria ido. Não foi? Tá em Cannes. Esteve em Cannes. Está doente. Esteve doente. Vai melhorar. Beijos!

Pausa para o café

Quem está (ou já esteve) de dieta vai entender do que estou falando: parar - sim, parar - para comer a cada, no máximo, 3 horas. Há controvérsias quanto a esse tempo: uns falam 2,5 horas, outros duas. Mas a grande questão é: como assim, parar? Para comer? Para tomar café? Não, de preferência, Mas parar para um suco (sem açúcar, claro), sim. O "tomar cáfe" é mera expressão. A mesma que você usa para convidar alguém para sair, mesmo sabendo que essa pessoa não toma café, e o indivíduo responde: "Eu não tomo café...". Não entendeu ou não quis entender? Mas, voltando, como assim parar a cada 2 horas, 2,5 horas, ou mesmo, vá lá, 3 horas? Se quer emagrecer, tem que parar, sim. Não dá para chegar no final do deu e se dar conta de que esqueceu e fez só três refeições, ou tomou só dois copos de água, ou deixou para caminhar à noite e começou a chover/bateu preguiça. Se fizer isso, o ponteiro não desce. Emagrecer não tem segredo. Como diz quem consegue (de verdade!) emagrecer, as pessoas perguntam esperançosas o que você fez para emagrecer, e quando você conta - dieta e exercício - elas ficam decepcionadas. Não adiante, quem não encontrou a própria força de vontade pode ler quinhentas revistas de boa forma, começar 80 dietas diferentes, que vai continuar esperando uma fórmula mágica para emagrecer. E tem, claro, quem de fato recorre a uma pseudo fórmula-mágica. Eu, por enquanto, tô disputando minha força de vontade com a TPM. Depois de três semanas e meia de pura determinação, ELA chegou. Confesso que a subestimei. Achei que tiraria de letra. Que no máximo atacaria um chocolatinho 70% cacau, ou quem sabe alfarroba (será que esse dia chegará?). O braço-de-ferro tá apertado. Ou melhor, tô perdendo feio. Mas ao contrário dela, que é um furacão que vem e vai embora, ainda que venha sempre, e sempre com a mesma força, eu vou continuar aqui nas próximas 3 semanas e meia. E daí, é correr atrás do prejuízo. Agora que eu já vi do que sou capaz. Sentar, esperar, quietinha, e minimizar os danos. Beijos!

Viajar é preciso

Quase um ano de Caminho de Santiago de Compostela. Cerca de 700 quilômetros a pé, em 40 dias. Deveriam ter sido 800 quilômetros, mas o pé gritou - é isso mesmo, foi um só o causador da desgraça maior. As bolhas se revezaram - de pé, de dedo, localização - desde o primeiro dia, em Madrid, voltando para o hotel. Ah, a incrível burrice de não amaciar devidamente o calçado antes da viagem... Três semanas e quatro tentativas de calçados novos depois (ah, a incrível burrice...), quando esse departamento já era para estar resolvido, eis que eu faço a (nova) besteira de usar um Compeed num "desconfortozinho" na sola do pé. Come eu amargamente descobriria depois, esse desconfortozinho era o prenúncio de uma nova bolha, que com o Compeed intensificou-se à quarta potência. Sim, ele tem esse pode. Ouvi diferentes e fervorosas opiniões a respeito do Compeed durante o caminho, e a conclusão que cheguei, após minha trágica experiência, é que o tal adesivo pode tanto evitar quanto causar um mal tremendo. O segredo é saber o momento exato de usá-lo (ou não). O que isso quer dizer? Que ele pode evitar bolhas, sim, se você colocá-lo IMEDIATAMENTE NO LOCAL EXATO ASSIM QUE SENTIR O PRIMEIRO INDÍCIO DE LEVE DOR. Ou seja, é um momento muito específico, muito fulgaz e muito difícil de ser determinado quando você esta´andando em média 25 quilômetros por dia, debaixo de um sol escaldante, subindo e descendo morros, preocupado(a) em encontrar uma fonte de água/um lugar para comer/ um lugar decente e com preço razoável para tomar banho e passar a noite (de preferência em algo que se pareça com uma uma, mesmo que remotamente). Portanto, na sua próxima caminhada, quando se queixar de alguma dor nos pés e algum europeu simpático te perguntar: "Você conhece Compeed?", avalie com carinho de o tal momento fulgaz já não passou. Caso desconfie que sim, diga, sem medo: "Não, obrigado(a). Minha mãe falou para não aceitar nada de estranhos". Ele não vai entender nada, mas seus pés vão agradecer. Beijos!

Filhos, filhos... Como sabê-los?

A citação é batida, mas continua resumindo muito bem: "Filhos, por que tê-los? Mas se não tê-los, como sabê-los?". Não tá completa, eu sei. E é do Vinícius de Moraes, também sei. E sabe o que mais eu sei? Que as pessoas vão continuar tendo filhos, sim. Menos, talvez, mas vão. Muitas vão falar: "Não quero!", e adivinha? Não vão se arrepender depois. Ou vão, sei lá. Ema, ema ema... Pois é, "cada um com seus problema" (precisa colocar sic? Jura??). Não vou falar de problema com filho. Me recuso. Mas, então, do que falar? É um assunto que eu vou falar mais cedo ou mais tarde, e algumas (muitas) vezes. Afinal, tenho mais de um filho, de diferentes idades e naturezas (como, diga-se de passagem, todos os filhos do mundo). Pois é, mas tem taaaanta coisa para falar sobre filho, e que não precisa ser problema e nem vantagem... Seu filho(a) é lindo(a), inteligente? Eu sempre vou achar os meus mais (lindos e inteligentes). Porque os meus são especiais... E não é no sentido da piadinha da minha filha, aquela que ela faz toda hora e ninguém entende: "Minha mãe falou que eu sou especial!". Ou melhor, é: sim, filha, você é especial. E também os seus irmãos. Você é especial porque é uma menina observadora, questionadora, um pouco (muuuito) crítica, e que vive num mundo próprio cheio de histórias excêntricas, as histórias que um dia você vai contar e/ou mostrar... Seus irmãos são especiais porque: A) um levou mais tempo do que o esperado(ou desejado) para se adaptar à nova escola, fazendo um monte de gente(eu não! NUNCA!) pensar que ele seria um aluno encrenqueiro, mesmo sendo um menino muito, muito inteligente, e B)o outro nasceu, por mero acaso, com um probleminha físico que faz com que ele não consiga falar direito, fazendo um monte de gente (eu não! NUNCA!) pensar que ele não é muito inteligente, e nem tão maravilhoso quanto ele é. Isso tudo é problema? Para muita gente, talvez. Para mim... problema, propriamente, nunca foi, mas sim uma dificuldade enorme de lidar. Afinal, eu não "os sabia". Nenhum dos três. Será que agora "os sei"? Com certeza não, mas quero muito descobrir. Beijos!

Mais feng shui? Lógico!

Calma, que o assunto mal começou. Quem gosta e entende do assunto sabe que tem coisa para falar que não acaba mais, e ainda por cima muitas delas têm várias interpretações. Isso porque existem algumas escolas de feng shui, e alguém já me falou que a mais conhecida é a do Chapéu Negro. Tenho que explicar que a consultoria que eu recebi foi de uma escola chamada Feng Shui Lógico, sobre a qual eu nunca tinha ouvido falar, mas que fez bastante sentido para mim quando a consultora  me explicou.
De modo geral não é muito diferente do (pouco) que eu conhecia sobre feng shui: usa um ba-guá para descobrir onde cada uma das oito áreas está posicionada na casa. É preciso saber onde está o norte da residência, e a consultora trouxe uma bússola para isso. Descobri que a melhor localização para uma residência é a que faz com que os ventos do norte entrem na casa, e com certeza vou prestar atenção nisso quando/se um dia mudar de casa.
Eu iria pintar minha casa dali a alguns dias, e aproveitei para perguntar quais as melhores cores para cada ambiente. Como eu já iria pintar, mesmo, ela me deu algumas indicações, mas garantiu que não é preciso pintar todas as paredes com as cores específicas de cada área. Basta usar objetos, plantas e pedras, por exemplo.
Para quem se interessa, segue um resuminho do que ela recomendou para cada área:

- Área do Trabalho/carreira
Objetos e quadros nas cores preta e azul
Mensagem (para ser colocada atrás de quadros ou embaixo de objetos. Escolher a que mais gosta ou se identifica. Se tiver vários quadros e/ou objetos, coloque mais de uma. Por que não?): "Em meu coração encontro o verdadeiro contentamento através da atividade que realizo"; "A cada dia caminho para o conhecimento da minha verdadeira missão"; "Atraio circunstâncias positivas para o desenvolvimento de minha carreira".

- Área dos Relacionamentos
Objetos (sempre em pares) e quadros (NUNCA com imagens isoladas, tipo uma pessoa admirando o mar, ou um único barco) nas cores branco e rosa
Mensagem: "Amo e sou amado(a) em plenitude"; "Através do amor divino atinjo a realização como ser humano em minha vida"; "Amor sempre me envolve e alimenta"; "Amo, respeito e honro a minha pessoa"; "Eu sou uma pessoa querida e amada por todas as pessoas da minha vida".

- Área da Prosperidade
Objetos e quadros (que representem abundância. MENOS natureza morta) nas cores violeta e vermelho
Mensagem: "Prosperidade e graça me seguem todos os dias de minha vida"; "Sou abençoado(a) com abundância de recursos materiais e espirituais em minha vida".

- Área dos Amigos e Viagens/Proteção Espiritual
Objetos e quadros em tons de cinza
mensagem: "Sou abençoado(a) com muitas pessoas amigas em minha vida e sou uma pessoa amiga na vida de muitas pessoas"; "Eu viajo quantas vezes eu quero para os lugares que quero visitar"; "A luz divina me guia e protege".

- Área da Criatividade e Filhos Menores
Objetos e quadros na cor branca
Mensagem: "Expresso minha criatividade vivendo com contentamento e sabedoria, usufruindo da vida".

- Área do Autoconhecimento e Espiritualidade
Objetos e quadros (em especial de montanhas), em tons de azul
Mensagem: "Recebo do Universo todo o conhecimento que necessito"; "Eu sou uma pessoa calma, com paz e partilho meu conhecimento com os outros".

- Área do Sucesso
Objetos e quadros (que representem abundância. MENOS natureza morta) em tons de vermelho
Mensagem: "Sou reconhecido(a) pelo trabalho que exerço em minha vida".


No centro da residência fica a área de equilíbrio (Viu Só?), Yin e Yang, que deve ter a cor amarela (não necessariamente a parede ou móveis - podem ser objetos, quadros, cor do vaso de uma planta...)
E aí, vai dar uma olhadinha na SUA casa e ver o que pode mudar para a energia, ou o Chi (Xiiii....) começar a fluir?
Beijos!

Feng shui? Lógico!

Que atire a primeira pedra quem nunca recorreu, ou pelo menos pensou em, procurar um tarólogo, cartomante, mãe-de-santo ou pai-de-santo, num momento de desespero? Pois é, eu pensei. E pensei mais: pensei num consultor de feng shui. Afinal, só faltava tentar isso. E não é que deu certo? Ou melhor, tá dando? O grande problema é que nem tudo está se resolvendo como eu esperava... Mas o que importa, agora, é que o que antes estava estagnado agora está em movimento. Ou seja, pelo menos a coisa tá andando! Abrindo espaço para algo novo, e, espero eu, melhor.
Mas FOI o feng shui? Foi o poder da mente? Fui eu mesma? Foi coincidência? Sei lá. Só sei que foi. E uma coisa eu sou obrigada a concordar com a consultora: quando você pára e reflete sobre o que quer mudar na sua vida, você já deu o primeiro passo em direção à mudança. Quando você vai em busca de uma solução - seja ela qual for - você está acreditando que existe uma solução, que aquele algo que te incomoda na sua vida pode ser mudado. E ai, claro, em algum momento as coisas começam a acontecer.
O que aprendi com a consultoria? Que EU tenho a solução para os meus problemas. E quem me explicou isso foi a própria consultora, quando reforçou que a verdadeira essência do feng shui não é comprar cristal, esta ou aquela planta, mandar pintar a parede desta ou daquela cor. Segundo ela, o feng shui faz efeito para valer quando você olha com atenção o que já existe na sua casa - e na sua vida - e tenta descobrir como tudo poderia funcionar melhor. Ao fazer isso, automaticamente você já está mentalizando melhorias em todos os setores da sua vida, e em consequência, atraindo essas melhorias.
Portanto, posso dizer que comprei pouquíssima coisa para seguir as recomendações que ela me deu, e ainda sim por vontade própria. Mais de 90% das adequações foram reposicionamento de plantas, quadros e móveis. Até trocar a cor da toalha de rosto ela sugeriu, e bastou tirar a que eu costumava usar em um dos banheiros e começar a usar no outro.
Animou? Então aguarde, que nos próximos posts vou dar algumas dicas que usei na minha casa.
Beijos!

Que nome é esse, meu pai?

O nome desse blog é uma história curta, mas enrolada. Talvez nem todo mundo entenda os caminhos tortuosos percorridos até chegar a esse nome, mas vamos lá. Não dá para tentar explicar o nome sem falar do conteúdo que quero colocar nesse blog, que pode ser resumido num belo balaio de gatos, mas rumo a um único propósito - o equilíbrio interior.
Para alguns, o equilíbrio interior só acontece quando tudo à nossa volta está equilibrado - família, amores, saúde, carreira, casa, amigos - e concordo com esse pessoal. Então, é disso tudo que quero falar. Muitas vezes as conexões entre os assuntos só vão fazer sentido para mim, mas ainda espero que dê alguma iluminada para quem passar por aqui. Cada um pesca um assunto aqui, outro ali, e faz a sua própria colcha de retalhos,  aproveita para se cobrir e espantar o friozinho gostoso que está chegando.
Não entendeu ainda o nome do blog? Bom, minha primeira opção era na corda bamba, porque achei que traduziria bem o rebolado eterno que damos na vida para manter tudo equilibrado. O problema é que esse nome me transmitiu instabilidade, que é exatamente o que eu quero afugentar da minha vida. Então, nem pensar! XÔ! E, procurando um outro nome, pensei naquele pessoal que se equilibra sobre elásticos (slackline, para quem prefere), e a imagem me pareceu super bonita. De elástico para fita foi um pulinho...
Quem sou eu? Paulistana, x anos, curso superior, alguns filhos, animal de estimação, casa para cuidar, trabalho, peso para perder... Enfim, tudo que se tem direito. Quero ver agora dar conta desse tudo. Pedi, não pedi? Então, sem reclamação. Só... "reflexão". Tudo pelo equilíbrio!
Beijos!